Dois amigos, ou melhor, melhores amigos estavam sentados num banco admirando um pequeno lago. Tinha algo especial naqueles dois, a amizade deles era diferente, como se fossem dependentes um do outro.
Mas, ele se sentia estranho, não entendia como podia sentir tamanho amor por uma amiga.
Ele: Posso fazer uma coisa? - sussurrou
Ela apenas deu de ombros, confiava sua vida a ele de olhos fechados.
Ele levantou e ficou de frente para ela, ela o fitou confusa. Ele delicadamente acariciou seu rosto - como ele normalmente fazia - mas, seu olhar estava mais intenso. Seus dedos correram até o seu cabelo e os prendeu lá, quando ela percebeu o que ele queria fazer tentou desviar, porém tarde demais. Os lábios deles se encontraram, mas não houve nada, nenhuma energia, nostalgia, nenhuma calor, nada. Um beijo vazio.
Ela desviou rápido demias.
Ela: O que você está fazendo? - disse olhando para baixo enquanto ria constrangida.
Ele: Eu queria ...ver uma coisa. - respondeu com alívio e rindo também.
Ela: Que coisa? - perguntou impaciente. Ela odiava quando ele enrolava para responder.
Ele: Eu queria ver os meus sentimentos por você, confirmar o que tinha 'quase' certeza. - ele envolveu seus braços em volta dela.
Ela: E?
Ele: Foi estranho.
Ela: Muito estranho. - ela se aninhou nos braços dele - Foi como beijar meu pai, irmão, sei lá...
Ele: Foi como beijar minha melhor amiga.
Ela se virou para ele e beijou sua bochecha.
Ela: Eu te amo, melhor amigo.
Ele: Eu também te amo, melhor amiga.
Então ele percebeu que o amor que ele sentia por ela era tão forte e intenso, porque ela era sua melhor, e a amizade deles era algo além dessa vida, onde o sexo não interfere em nada e sim a pessoa ao seu lado.
Evelyn Reis
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